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sexta-feira, 30 de julho de 2010

#Dia 30 - O Que Eu Quiser

Vou aproveitar esse momento e cantar um pouco…

Não, mentira, vou escrever mesmo.

Senhoras e senhores, (parcos) leitores deste blog, hoje termino o meme dos 30 dias, que agora chamo de “Guia para Tentar me Entender com 29 Passos”. Fato, não sou muito diferente disso que foi colocado ao longo dos dias desse mês.

Também gostaria de comemorar o fato de ter conseguido postar todos os dias (ainda que o Windows Live Writer tenha me ajudado a compensar algumas datas), mostrando a todos (e a mim) que posso cumprir com o que proponho.

Por fim, gostaria de dizer que a periodicidade desse blog vai cair um pouco novamente. Mas não vou deixar de escrever, pois não consigo.

Que assim seja.

(See ya!)

quinta-feira, 29 de julho de 2010

#Dia 29 - O Que Espero, os Sonhos e Planos para os Próximos 365 Dias

Planos. Sempre existem planos. Alguns são abandonados, outros aparecem, alguns são vagos, outros complexos.

O meu plano para daqui a um ano é simples: Estar pronto para embarcar para Londres, e lá ficar um tempo estudando, aprimorando e conhecendo mais a língua inglesa. Não sei se vou sozinho, se vou acompanhado. Não sei se ficarei por lá, não sei se será uma estadia rápida. Só sei que esta é a única certeza que posso dar para o ano que virá.

De resto, meus planos são tão transitórios que não merecem ser enumerados. De fato, fazer planos para algumas coisas é tão inútil que eu prefiro viver o acaso. O que vier, é lucro.

Que assim seja.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

#Dia 28 - Este Ano, em Grande Detalhe

O “Grande Detalhe” deste ano que passou foi o período de convivência comigo mesmo que tive enquanto morei no novo lar. A experiência de tomar conta de mim, dos meus gastos, da minha saúde, das minhas farras e dos meus experimentos culinários. Assim como foi um “Grande Detalhe” decidir que era hora de sair de lá e perseguir o próximo sonho: ir para Londres, o próximo projeto. Outro “Grande Detalhe” do último ano foi a descoberta de não precisar ser tão altruísta e aprender que um pouco de egoísmo é sinal de amor próprio, não exatamente um defeito.

De resto, o ano foi correria, viagens, estradas, memórias, amores, lembranças.

Que assim seja.

terça-feira, 27 de julho de 2010

#Dia 27 - Este Mês, em Grande Detalhe

(Obviamente, quem pensou nesse meme viajou nessa parte da história, eu não vou descrever meu mês inteiro em detalhes nem phodendo.)

Este mês de julho me trouxe um pouco mais de conhecimento, um pouco mais de sabedoria e um esclarecimento bem maior sobre eu mesmo e sobre as outras pessoas. Desde a viagem para São Paulo, que me proporcionou novas amizades, assim como reforçou antigas, até os momentos passados sozinho em casa, ou no meu próprio quarto, ou nas ruas da cidade, enquanto ando de um lugar para outro.

Este mês me ensinou que não é preciso procurar felicidade em outros lugares quando você tem flores tão belas no seu próprio jardim. Que a reclamação só funciona se possuir fundamento, e que as vezes simplesmente parar de importar com o que não é importante é bem melhor.

Ainda estou longe de qualquer perfeição ou desejo realizado, mas sinto que este mês foi um bom passo adiante.

Que assim seja.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

#Dia 26 - Minha Semana, Em Grande Detalhe

Eu tive uma semana de alforria, solidão e reflexão. Dia 16, meus pais viajaram e levaram minha irmã e minha prima a tira colo. A casa inteira, um carro, tudo na minha responsabilidade. Em meio a isso, novos processos em mente, novas definições, a aceitação de algumas verdades que sempre eram difíceis de engolir.

A sexta começou com uma reunião na escola. Até então, toda reunião havia sido "pointless”, mera formalidade sem finalidade. Mas agora parece que a intenção da direção é outra, então jogaram a bomba no meu colo. E se pediram para eu falar, eles deveriam estar prontos para ouvir. E estavam, e todos gostaram do resultado, inclusive eu. De fato, uma parte do desconforto e desmotivação que havia no trabalho sumiu. Durante a semana, eu passei a tomar decisões mais ativamente, e colocar a cara mais a tapa do que normalmente.

O fim de semana foi tranquilo, muita conversa, bebida e risada, que é o que limpa o sangue e eleva o espírito.

DSC08267-7-7 para twitter

A semana continuou na mesma batida. Aulas de manhã, a tarde e a noite. Aproveitei a falta de pessoas na casa para tentar fazer experimentos culinários (sem explodir a cozinha, muito importante), assistir o que eu podia, dormir até quando dava e organizar quando enchesse paciência da bagunça. Além disso, muita saudade pelo telefone, viagens que não deram certo, previsões que não se cumpriram (felizmente). E agora, estou aqui esperando que a próxima semana seja tranquila como a última e que o tempo passe mais rápido para que eu fique perto de quem eu amo.

Que assim seja.

domingo, 25 de julho de 2010

#Dia 25 - Meu Dia, Em Grande Detalhe

Domingo, 25 de julho. Um dia (de folga) amplamente normal. Depois de ter saído e bebido na noite anterior, acordo cedo para ver um dos meus esportes favoritos, Fórmula 1. Infelizmente, foi decepcionante ter que testemunhar mais uma vez o jogo de equipe que praticamente azedou a manhã.

Esquecendo disso, fui cuidar da casa, pois hoje terminou meu periodo solitário de caseiro da casa dos meus pais. Limpar, organizar, mover as coisas de lugar – meu quarto é nos fundos, mas durante esses dias, dormi dentro da casa para escutar campainhas/telefones/etc – arrumar a cozinha, etc. Tudo pronto lá pelas 3 da tarde, quando bateu aquele sonão de ter dormido bem na noite anterior e acordar cedo pra (passar raiva e) ver a corrida.

As 4 eu levanto, pois já começo a escutar os sons dos jogos da tarde (que os vizinhos fazem questão de me lembrar, mesmo sem eu pedir). Depois do primeiro tempo, meus pais chegam de viagem, com minha irmã e minha prima. Cansados, com o carro lotado, eles descarregam tudo e entram.

Mas ainda existe uma última missão: Ir ao shopping comprar presente para a minha sobrinha (que fez aniversário ontem). Como minha irmã não estava em condições, levei minha mãe e ficamos escolhendo presentinhos simples (massinha, cestinha de talheres de brinquedo). Ao voltar para casa, minha sobrinha já estava aqui, dando trabalho, me pedindo para abrir cada presente e brincar com ela – e brinquei, claro, por um bom tempo. Até cansar, e até ser hora do culto. Culto curto, pois a menina não consegue ficar quieta por mais de 2 minutos se não estiver com sono ou dormindo.

Agora, estou aqui no fim da noite, escutando TV, guardando os papeis e as contas que já paguei, conferindo posts e indo deitar, pois amanhã começa mais uma semana animada.

Que assim seja.

sábado, 24 de julho de 2010

#Dia 24 - Meu Lugar Preferido

Está é a mais difícil de todos os memes. Eu não tenho um lugar especial específico. Tenho lugares que prefiro em momentos diferentes. Minha casa para dormir, São Paulo pra andar e bater perna, Piedade para descansar a cabeça… Impossível definir um só.

Contudo, posso dizer, de forma mais prática, que qualquer lugar é bom pra mim se eu estiver com quem eu gosto. Meus amigos, meu amor, qualquer lugar se torna especial com a presença deles.

Teatro mágico 5

Não importa onde. Importa quem.

Que assim seja.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

#Dia 23 - Um Vídeo do YouTube

Sem muitas explicações, meu vídeo favorito é este. Originalmente era um vídeo só, mas eu encontrei uma versão legendada em duas partes:


Que assim seja.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

#Dia 22 - Um Site

Eu acesso vários sites diariamente, muitos de humor, outros blogs. Normalmente eu os deixo como itens de leitura do meu Google Reader (assim quando sai a atualização, já fica gravado). Entretanto, um site que eu sempre olho por minha extrema fonte de conhecimento é, simplesmente, a Wikipedia.

wikipedia-logo

Sou extremamente curioso. Sempre que quero saber de algo, eu procuro informações detalhadas (mesmo que a Wikipedia não seja muito confiável). Essa página sempre me fornece horas de navegação, de um assunto para outro, e para outro…

Que assim seja.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

#Dia 21 - Uma Receita

A receita que tenho aqui é reciclada. Eu já coloquei anteriormente, mas não tive chance de praticá-la enquanto estava no novo lar (de fato, quase não tinha tempo de ficar em casa!)

Donut (Doughnut) – Rosquinha

A receita é completa : Massa, Recheio (2 tipos) e Cobertura.

Iniciando a Receita - Fermentação

Ingredientes:
- 45g de fermento biológico
- 120g de água
- 200g de farinha de trigo

Modo de preparo:
Misturar todos os ingredientes para fazer a esponja e deixar descansar por 20 minutos.

Fazendo a Massa

Ingredientes:
- a massa que você deixou descansando por 20 minutos
- 100g de açúcar
- 15g de sal
- 100g de margarina
- 3 ovos
- 250ml de água
- raspas de laranja (opcional)
- 800g de farinha (aproximadamente)

Modo de preparo:
1- Juntar os ingredientes, sendo a farinha aos poucos, até obter uma massa macia, que não grude nas mãos.
2 - Deixar a massa descansar por trinta minutos e abrir a massa com um rolo, em mesa enfarinhada, deixando com 1cm de espessura.
3 - Cortar com um cortador redondo e recortar no centro com um outro cortador menor.
4 - Juntar os retalhos da massa e abrir novamente e repetir o processo até finalizar a massa.
5 - Colocar os donuts cortados para descansar por 30 minutos.
6 - Fritar em óleo não muito quente e passar para um papel absorvente.
7 - Esperar esfriar, cortar, com ajuda de uma faca pequena, os donuts no meio e rechear com creme.
8 - Depois, colocar a cobertura e comer!

Sugestões de recheio:

Sugestão 1 - Creme básico de confeiteiro

Ingredientes:
- 1 litro de leite
- 12 colheres de sopa de açúcar
- 8 colheres de sopa de farinha de trigo
- 6 gemas
- 1 colher de chá de baunilha
- 1 colher de sobremesa de manteiga

Modo de preparo:
1- Bater todos os ingredientes no liquidificador
2 - Levar ao fogo mexendo sempre até engrossar formando um creme homogêneo.
3 - Juntar a manteiga e bater bem com uma colher até ficar brilhante.
4 - Se desejar, juntar três colheres de chocolate em pó ou raspas de laranja.

Sugestão 2 - Creme de Trufas

Ingredientes:
- 250g de creme de leite fresco
- 50g de margarina
- 50g de açúcar
- 400g de chocolate meio amargo ou ao leite

Modo de preparo:
1- Juntar o creme de leite, a margarina e o açúcar e esperar ferver.
2 - Retirar do fogo, acrescentar o chocolate e bater bem com um batedor até ficar cremoso ou colocar na batedeira até esfriar.
3 - Colocar na geladeira até o momento de utilizar.

Cobertura

Ingredientes:
- 2 xícaras de chá de açúcar de confeiteiro
- 1/2 xícara (de café) de leite

Modo de preparo:
1 - Colocar os ingredientes em uma panela, em banho-maria mexendo até estar bem dissolvido.
2 - Colocar sobre os Donuts, esperar esfriar um pouco e comer!

Fonte: Receitas Caseiras

Que assim seja.

terça-feira, 20 de julho de 2010

#Dia 20 - Um Hobby

Meu hobby favorito é, e possivelmente sempre será, jogar RPG.

RPG (ou Role Playing Game, Jogo de Interpretar Papéis) é um estilo que permite que os jogadores utilizem sua imaginação e capacidade criativa ao máximo. Situações fantásticas, inesperadas, desafiadoras, algo para nos tirar da rotina do dia-a-dia e nos colocar no papel de herói, mesmo que seja em nossa imaginação.

Meio muito fácil de levantar o moral, não é? Também é uma excelente forma de fazer amigos (com toda certeza!)

Que assim seja.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

#Dia 19 - Um Talento Meu

Mais uma vez, responder essa é fácil e difícil. Difícil porque não sou uma pessoa de diversas habilidades. Fácil porque o que eu sei fazer, eu faço muito bem. E no meu caso, é fazer rir.

laugh

Todos temos os mais variados sentimentos dentro de nós. De vez em quando, eles nos dominam, como a tristeza, a melancolia, a descrença… E nada melhor do que rir para recuperar o ânimo e a alegria. E, para tanto, pode contar comigo!

Que assim seja.

domingo, 18 de julho de 2010

#Dia 18 - Um Poema

Este é um dos meus poemas favoritos, mais favorito ainda quando está acompanhado pela música. Uma homenagem a todas as mulheres. Mulheres que amo, admiro e respeito tanto.

Rosa

Tu és divina e graciosa
Estátua majestosa
No amor!
Por Deus esculturada
E formada com ardor...

Da alma da mais linda flor
De mais ativo olôr
Que na vida é preferida
Pelo beija-flor...

Se Deus
Me fora tão clemente
Aqui neste ambiente
De luz, formada numa tela
Deslumbrante e bela...

Teu coração
Junto ao meu lanceado
Pregado e crucificado
Sobre a rosa e a cruz
Do arfante peito teu...

Tu és a forma ideal
Estátua magistral
Oh! alma perenal
Do meu primeiro amor
Sublime amor...

Tu és de Deus
A soberana flor
Tu és de Deus a criação
Que em todo coração
Sepultas um amor...

O riso, a fé, a dor
Em sândalos olentes
Cheios de sabor
Em vozes tão dolentes
Como um sonho em flor...

És láctea estrela
És mãe da realeza
És tudo enfim
Que tem de belo
Em todo resplendor
Da santa natureza...

Perdão!
Se ouso confessar-te
Eu hei de sempre amar-te
Oh! flor!
Meu peito não resiste
Oh! meu Deus
O quanto é triste
A incerteza de um amor
Que mais me faz penar
Em esperar
Em conduzir-te
Um dia ao pé do altar...

Jurar aos pés do Onipotente
Em preces comoventes
De dor, e receber a unção
Da tua gratidão...

Depois de remir meus desejos
Em nuvens de beijos
Hei de envolver-te
Até meu padecer
De todo fenecer...

Que assim seja.

sábado, 17 de julho de 2010

#Dia 17 – Uma Obra de Arte (pintura, desenho, escultura, etc)

Escolhi uma figura que mostra muito o que acredito, tento seguir, e tento viver.

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O juramento do cavaleiro. O ideal de justiça e fidelidade.

Que assim seja.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

#Dia 16 - Uma Música Que Me Faça Chorar (ou Quase)

Uma das características da música é emocionar. Emocionar a ponto de levar as lágrimas. Eu gosto de algumas músicas exatamente por essa capacidade de emocionar. E a que mais me emociona é esta.

Sonho De Uma Flauta
O Teatro Mágico

Nem toda palavra é
Aquilo que o dicionário diz
Nem todo pedaço de pedra
Se parece com tijolo ou com pedra de giz

Avião parece passarinho
Que não sabe bater asa
Passarinho voando longe
Parece borboleta que fugiu de casa

Borboleta parece flor
Que o vento tirou pra dançar
Flor parece a gente
Pois somos semente do que ainda virá

A gente parece formiga
Lá de cima do avião
O céu parece um chão de areia
Parece descanso pra minha oração

A nuvem parece fumaça
Tem gente que acha que ela é algodão
Algodão as vezes é doce
Mas as vezes né doce não

Sonho parece verdade
Quando a gente esquece de acordar
O dia parece metade
Quando a gente acorda e esquece de levantar
Hum... E o mundo é perfeito
Hum... E o mundo é perfeito
E o mundo é perfeito

Eu não pareço meu pai
Nem pareço com meu irmão
Sei que toda mãe é santa
Sei que incerteza traz inspiração

Tem beijo que parece mordida
Tem mordida que parece carinho
Tem carinho que parece briga
Tem briga que aparece pra trazer sorriso

Tem riso que parece choro
Tem choro que é por alegria
Tem dia que parece noite
E a tristeza parece poesia

Tem motivo pra viver de novo
Tem o novo que quer ter motivo
Tem aquele que parece feio
Mas o Coração diz que é o mais Bonito

Descobrir o verdadeiro sentido das coisas
É querer saber demais
Querer saber demais

Sonho parece verdade
Quando a gente esquece de acordar
O dia parece metade
Quando a gente acorda e esquece de levantar

Mas sonho parece verdade
Quando a gente esquece de acordar
E o dia parece metade
Quando a gente acorda e esquece de levantar
E o mundo é perfeito
E o mundo é perfeito
E o mundo é perfeito...

Uma música linda, gentil, que nos faz pensar nos sonhos. E, de fato, só de lembrar, já me emociono :)

Que assim seja.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

#Dia 15 - Uma Fotomontagem

Eu recebo e procuro fotomontagens diariamente, as mais engraçadas eu gravo. Está foi uma das mais divertidas que encontrei ultimamente, une perfeitamente duas coisas com as quais me identifico muito.

mmmmchocolat

Que assim seja.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

#Dia 14 - Um Livro Não-Ficcional

Um dos livros que estou lendo no momento foi emprestado por meu amore. Um livro escrito chamado No Teu Deserto, do português Miguel Sousa Tavares.

no teu deserto

O livro conta a história do jornalista em sua travessia pelo deserto, sobre o contato que teve com uma pessoa muito especial – e com quem eventualmente perdeu contato – fazendo uma homenagem aos emocionantes momentos passados juntos e à saudade que ele sente dessa pessoa querida.

Que assim seja.

terça-feira, 13 de julho de 2010

#Dia 13 – Um Livro de Ficção

Hoje vou falar do primeiro livro de ficção que escolhi ler (livros infantis não contam: servem para te ensinar a ler, mas as histórias contadas pelos nossos pais eram melhores).

aventuras de xisto

Meu passaporte para um mundo de fantasias, As Aventuras de Xisto é uma aventura despretenciosa e interessante de um adolescente que busca salvar seu reino. Junto da minha atração natural do tema medieval, não foi díficil ler e reler esta obra na época da escola – época na qual eu não lia livros de literatura nem amarrado!

Além disso, o livro faz parte da fantástica e lendária Coleção Vagalume, que iniciou milhres de pessoas à leitura.

Que assim seja.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

#Dia 12 - Um Conto

Eu poderia colocar qualquer um dos vários contos que já li e achei espetaculares, mas no entanto vou ceder esse espaço a mim mesmo, e escrever o conto baseado em um sonho que tive há 7 anos. Se tiverem paciência – e estômago – pra ler, deixem seus comentários.

-x-x-x-

Comedores de Carne

Olá menino, que bom que você veio. É raro alguém aparecer aqui para conversar comigo, dizem que eu estou velho e louco. Menos o pessoal lá da igreja. Esses vem me visitar sempre, jogar conversa fora, me levar pra passear, dançar e me divertir. Mas mesmo eles não acreditam nas coisas que eu falo. Eles dizem que tudo isso não passa de estórias de um antigo policial, coisas que eu escutei nas noites de vigília...

Mas você não, você está interessado no que eu tenho a contar.

Primeiro, me passa o jornal. Tem uma matéria sobre macacos e gorilas... Eu gosto desse tipo de animal... Parece gente sabe...

Eu não compreendo esse seu gosto por assuntos grotescos como esse que eu vou te falar. E também não me importa. Cada um de nós tem seus segredos, suas sinas e seus gostos, e não é um aposentado esquecido que vai discutir isso.

Começar? Ah sim... Vamos ao acontecido... Segure meu jornal, sim?

Era começo dos anos oitenta... ou final dos setenta, algo assim. Só sei que era aquela época em que a ditadura não era tão dura. Já tinha perdido força durante todos aqueles anos tortuosos. Mesmo o meu trabalho, que era de policial, já não era tanto quanto antigamente, e isso até me deixava mais feliz. Não era do meu feitio sair batendo em pessoas inocentes apenas porque os manda-chuvas achavam que elas podiam representar alguma ameaça. Posso garantir que durante o tempo em que fui delegado que na minha jurisdição ninguém era espancado ou enforcado. Infelizmente eu descobri que coisas ainda piores aconteceram...

Meu distrito era bem ao sul da cidade. Zona barra pesada, mas nada comparado aos dias de hoje. Era lugar de favelado. Casas e barracos feitos de tijolo, cimento e lona. Alguns só de madeira ou papelão. Muita gente boa e trabalhadora viveu e morreu lá. Mas como todo lugar, também tinha aqueles que criavam problemas, que eram a nossa preocupação. E não eram apenas ladrões de galinha que tinha por lá não... O perigo já era o tráfico. Por algum motivo os traficantes decidiram que aquele local seria um ótimo ponto pra distribuir pro resto da cidade. E foi ai que começou o trabalho de uns e a vida mansa de outros. Sim, digo isso porque conheci várias pessoas que logo se renderam as facilidades que o dinheiro sujo traz. Eu perco a conta de quantos cabos, soldados e sargentos se perderam nesse caminho. Se eu quizesse eu também tinha ficado rico, e talvez hoje não estivesse esquecido aqui nesse asilo. Mas acho que foi até melhor, pois eu fiquei sabendo de outro amigo delegado que aceitou a propina, e até ficou rico, mas o dinheiro não adiantou pra ele, já que ele logo foi para sete palmos pra baixo da terra...

Opa, desculpe... Não vou desviar da história de novo...

Bem, era mês de novembro, se não estou enganado. Perto do feriado da república. Era pra ser mais um fim de semana comum. O movimento da favela estava muito tranquilo. Tranquilo até de mais. Mesmo tendo um pressentimento ruim, não destaquei mais homens do que o necessário para ficar na ronda e fazer plantão no distrito. Mas naquele dia alguns dos meus subordinados estavam fazendo um treinamento em alguma outra cidade. No fim das contas, estavamos na delegacia o escrivente, um cabo, eu e o um rapaz que trabalhava no Instituto Médico Legal. Ele estava lá para averiguar algumas fichas sobre uns homicídios... Algo nesse sentido. O rabecão estava parado lá fora, assim como a viatura e meu carro particular.

A noite foi prosseguindo, quando ouvimos o pipocar de balas não muito longe da delegacia. O sinal de rádio foi passado pra quem estivesse próximo. E logo o pedido foi atendido, e também retornado: "-Dois corpos na esquina da praça, perseguindo suspeitos, desligo!". É, parece que dois desafortunados já tinham se despedido desse mundo, e talvez outros estivessem seguindo o mesmo caminho. Roguei a Deus que nenhum deles fossem da minha jurisdição.

Infelizmente quando eu e os rapazes chegamos, vimos que um dos corpos era de um policial que a pouco tempo tinha sido mandado pra cá... Pobre rapaz, era bem forte e esperto. Essa não era a vida pra ele, mas ele gostava, dizia que combater o crime estava no sangue da família. E agora o sangue da família estava espalhado no chão, se mesclando ao sangue do delinquente que estava perto, que provavelmente deve tê-lo matado. Triste, mas nada mais podia ser feito, a não ser levar aqueles corpos dali. Ligo de volta pra delegacia e falo pro rapaz do IML que tem trabalho a ser feito. Ele responde que vai chamar um ajudante e logo estaria lá.

Uma meia hora depois chega o rabecão. Descem os dois indivíduos, usando grandes luvas pretas e trazendo sacos plasticos para os corpos. Naquele momento é que fui reparar no rapaz do IML... Estremamente magro, daqueles que você acha que se bater o vento, derruba, mas ainda sim demostrava uma força consideravel. Parecia ser quieto e reservado, falava apenas o necessário. Tinha a voz grossa, a pele clara, o cabelo preto e curto, os olhos fundos... Olhos que transimitam uma sensação que aquele homem era muito experiente, apesar de parecer jovem. Já o ajudante era diferente. Era mais energético, olhava tudo em volta com aqueles grandes olhos azuis. Aparentava ser mais velho que o outro rapaz, mas agia afoitamente. Diferente do seu amigo, este tinha uma aparência mais saudável e era mais falador.

Quando eles terminam de recolher os corpos, começa a chover. Nada de mais, era época de chuva mesmo. Só não esperavamos que essa fosse tão forte a ponto de fazer um barranco cair e bloquear a via que levava direto ao centro. Pra mim isso não era problema nenhum, mas para o pessoal do IML... Uma vez que a tempestade parecia não dar trégua, foram todos de volta para a delegacia. Ao chegarmos lá, descobrimos que o escrivente já havia ido embora, e que o outro cabo, por algum motivo, não estava lá. Mas não havia muito o que fazer, sendo que apenas fui para minha sala esperar se algum sinal de rádio aparecesse.

Neste instante, o ajudante vem a mim e pergunta se existia algum aparelho de vídeo na delegacia. Respondi afirmativamente, já que o escrivente era video-amador e gostava de ver suas próprias fitas. Antes de ir embora, o ajudante ainda puxou um pouco de conversa. Disse que não conhecia ainda direito a região, mas estava muito feliz com o que tinha. Sujeito doido, pensei comigo mesmo. Não pude deixar de reparar que aqueles olhos grandes vasculhavam minha sala com uma insistência pertubadora. Foi quando o relógio tocou. Eram duas da manhã. Eu dei uma desculpa aleatória e falei pro ajudante que ia precisar ficar sozinho, enquanto esperava algum dos meus subordinados voltarem. Ele concordou com a cabeça e pediu para que ele e seu amigo ficassem ali esperando a chuva passar. Com o meu consentimento, eles foram pro fundo da delegacia.

Depois que ele saiu, eu me recostei na minha cadeira e comecei a olhar a chuva... A luz apagada... Aquele marasmo... Aquele barulho repetitivo da chuva... Tudo aquilo me fez sentir um sono repentino, e mal pude conter as pescadas... Não sei quanto tempo gastei nisso, e talvez tivesse sido bom pra minha sanidade ter ficado dormindo lá.

Mas o fato é que me levantei para ir a cozinha, quando vi um brilho no vidro da janela, e comecei a escutar algo que mudaria minha visão do mundo...

A sala do escrivente era um pouco longe da minha. Se alguem conversasse em voz baixa, possivelmente quem estivesse ali onde eu estava não escutaria. E era assim, baixinho, que os dois conversavam enquanto assistiam a uma fita de video. Nada de mais, não fosse o conteúdo da fita, e da conversa...

O brilho azul da televisão mostrava pessoas e mais pessoas... Mortas... Corpos cortados de diferentes maneiras... Nomes e imagens gravadas em carne... Sangue decorando a cena... Naquele instante senti todo meu jantar voltando goela acima. Mas eu tinha que me segurar, eu tinha que saber porque os dois tinham interesse em coisas tão bizarras.

Foi quando ouvi o ajudante falando:

"-Comida, mestre!"

Uma vertigem me atingiu a cabeça. Me apoiei na parece ao lado, juntando forças para não fazer nenhum barulho. Me concentrei para tentar continuar escutando a conversa.

Os dois conversavam em um tom quase inaudivel. O ajudante tratava com imenso respeito o seu "mestre", enquanto este examinava a fita e dava alguns detalhes de anatomia humana... Mas precisamente, uma anatomia gastronômica, se é que isso existe. Dicas de onde cortar, o que comer primeiro... Também comentavam que a quanto mais fresca a carne da vítima, melhor o sabor e o efeito, seja o que for que isso significasse.

O diálogo dos dois seguia sobre esse assunto, enquanto eu me recostava na parede, com uma das mãos segurando no coldre to revólver, pronto para entrar na sala e mandar aqueles dois demônios de volta pro inferno deles.

Mas ainda não era hora.

Enquanto a conversa seguia, o ajudante perguntava o porque de se tirar o estômago dos corpos antes de comê-los. Que absurdo! Eles falavam com uma naturalidade tão grande! A resposta do mestre foi a que pessoas como eles precisavam comer da carne humana pura, pois qualquer outro tipo de vida para eles era como um veneno. Apenas a carne humana dava a imortalidade que eles desejavam...

Ah, você está rindo né? É, faça como os outros, ache que é apenas um delírio de um velho... Vamos, me dê o meu jornal e me deixe em paz...

Certo, tudo bem... Aceito suas desculpas. Não sei porque isso soou engraçado para você. Deve ser porque não é a primeira vez que escuta histórias sobre imortalidade não é? Bem, não importa, deixe eu terminar de contar o que aconteceu, antes que eu esqueça...

A fita terminou, e logo eles começaram a se arrumar. Acho que eles iam embora. Rapidamente voltei para a minha sala e recostei de novo na cadeira, pois eu estava dormindo para eles. O ajudante acendeu a luz e disse que os dois já estavam indo. Me despedi de costas mesmo, não aguentaria olhar para a cara daqueles dois. Mas também não podia deixar os dois sairem impunes dali.

Vi o rabecão saindo e distanciando. Pouco depois sai também, mas não atrás deles. Eles não sumiriam, trabalhavam no Instituto Médico Legal, um lugar perfeito para conseguirem todos os corpos que precisam. Eu tinha uma idéia em mente, e apenas durante esse acesso de insanidade é que eu podia realizá-la e dar um jeito nesses dois necrófagos.

Esperei alguns dias. Preparei uma cena. Deu trabalho. Mas depois de muita tesoura e lamina de barbear, o que eu queria estava pronto.

Liguei pro IML, solicitei que alguem viesse aqui no meu distrito recolher um corpo de um indigente, achado sem roupa, espancado e desfigurado. Disse ter um pouco de urgência, pois a morte era recente e isso podia auxiliar na investigação. Não tive que esperar muito para ter o retorno dos dois necrófagos, que chegaram da mesma forma da outra vez. Luvas pretas, sacos plásticos, olhos fundos.

Depois de mostrar o lugar, disse que precisava voltar para a delegacia, pois tinha mais trabalho a fazer. Avisei a eles para tomarem cuidado, pois o lugar era totalmente deserto e poderia acontecer algo caso eles demorassem muito. O mestre disse que eles demorariam apenas o necessário.

Entrei no carro e me afastei, até sair da vista deles. Voltei no escuro, aproveitando a falta de iluminação local e a lua nova no céu. Lá estavam os dois, ajoelhados, em volta do corpo. O rabecão não iluminava direito os dois, até porque o lugar tinha bastante mato. Pude ver os intrumentos sendo manejados e as vísceras sendo lançadas em um saco ao lado.

Ouvi alguns murmúrios. Eles queriam andar rápido com aquilo, aproveitando que o corpo não era grande. Logo o mestre se abaixou e abriu sua boca. Uma bocarra, para ser sincero. Nada que eu tinha visto até o momento abria a boca daquela maneira. Era capaz de engolir a cabeça inteira de uma pessoa. E foi o que o mestre fez. Uma simples mordida. Engoliu por inteiro a cabeça.

Então um engasgo. O mestre leva as duas mãos ao pescoço. O ajudante se assusta e cai de costas. Um vapor começa a subir... Vejo o necrófago se decompor em uma carne verde e podre. O cheiro é muito forte. Nisso eu me aproximo mais rápido, para poder pegar o ajudante de surpresa. Mas não foi preciso. Ele estava caído, de costas. Ria e balbuciava descontroladamente: "-Mais de 300 anos... O mais velho que já havia conhecido... Morto tão facilmente... Como fomos enganados..."

Ele estava desnorteado, uma presa fácil. Mas ainda sim, apenas de uma maneira ele podia ser derrotado. Juntando toda a coragem e loucura que estavam em mim, eu avancei sobre o corpo do mestre, juntei um tanto daquele material podre e enfiei garganta a baixo do ajudante, que esbugalhou ainda mais seus olhos verdes. Logo ele também se desfez como seu mestre. Fumegando.

Sai correndo dali. Meio descontrolado, acionei a última parte do meu plano... E toda aquela parte do terreno ardeu em chamas. O que havia sobrado naquele local, inclusive o rabecão, queimava. Para mim, aquilo era a purificação de dois seres malditos, que agora iriam pagar pelos seus crimes.

Depois daquilo, fiquei um tempo de licença médica. Inventei um problema junto de um doutor amigo meu, e fui visitar uns parentes no interior. Fiquei lá durante alguns meses. O tempo bastante para poder tirar da minha memória aquelas cenas macabras que havia presenciado...

O final desta história você está vendo aqui, na sua frente. Depois de anos servindo e protegendo, me aposentei, minha familia me largou e aqui estou, como única testemunha de um evento que ninguém acredita.

Se eu tenho provas? Ah, menino... Como teria provas, se elas foram queimadas naquele dia infernal? Mas, se você duvida, cheque se existiram dois fúncionários do IML que desapareceram durante essa época. Veja também sobre um estranho roubo em um centro de pesquisas médicas, desses que testam remédios em animais...

Bem, ja falei de mais. Devolva meu jornal, sim? Eu quero acabar de ler essa matéria...

Eu já te disse como eu gosto desses macacos e gorilas?

-x-x-x-

Que assim seja.

domingo, 11 de julho de 2010

#Dia 11 - Uma Foto Minha Recente

Esta foto foi tirada há 1 semana. Depois da minha aventura na RPGCon e antes do lendário Buteco RPG no Charm da Augusta (melhor buteco/dungeon).

DSC01698

Quem tirou a foto foi o Tio Nitro. Professor, tradutor, escritor, mestre doidimais e dinossauro do RPG!

Que assim seja.