sábado, 29 de maio de 2010

Desvanecendo

No momento, me sinto apagando. Não pelo fato de ter acordado em horários diferentes, entre 5:30 e 7:30 da manhã, nos últimos dias e ter um relógio biológico mais desregulado do que nossa economia. Ou simplesmente por estar trabalhando durante a maior parte do tempo que estou acordado.

Me sinto apagando pois sei que meu tempo está passando e não estou chegando a nada. Não consigo mais dar certezas. Não sei informar se aqueles sonhos pelos quais fui tão apaixonado um dia serão realidade.

Não sei mais se formarei minha família ou se ficarei como um fardo na dos meus pais. Não sinto mais vontade de traduzir textos (e idéias) como gostava de fazer. Só sei que tudo parece se reduzir a chegar em casa, ficar em silêncio (pois de nada adianta falar quando não estão dipostos a te ouvir), dizer o roteiro certo e ir para cama, esperando outro sonho mais animado do que a realidade. De fato, nem sei mais se tenho o que falar, já que nem eu encontro mais relevância ou importância nas palavras.

Talvez seja apenas aquele sentimento de “poutz, ficando mais velho”, que joga nosso bom humor pra baixo. (E nesse momento me lembro de como minha mais querida passou por esses e soube se expressar por linhas menos tortas do que esta). O fato é que estou desaparecendo como ser pensante, restando apenas uma casca adormecida e dopada, que vai trabalhar, ouvir e satisfazer enquanto ainda puder agir.

Boa noite por hoje.

P.S.: Talvez, se por acaso chegar a sumir, espero que possa deixar a mensagem como legado.

1 comentário:

Lary disse...

Tem hora que a simples falta de tesão em acordar broxa o resto do dia, da semana...